quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

SERRALHA, Chicória brava, Sonchus oleraceus


SERRALHA, Chicória brava, Sonchus oleraceus



Já adquiri um maço desta verdura na feira orgânica da Água Branca. Consumi crua na salada, em omelete, no suco verde e na sopa. Dê preferência para colher as folhas e ramos mais novos. Embora nasça em calçadas, praças, jardins... não consuma essas plantas colhidas nas ruas porque estão constantemente expostas à poluição, metais pesados, vários materiais contaminantes... procure plantar em vasos, em casa ou colher em alguma horta comunitária, ao abrigo de animais de rua, longe de postos de gasolina e grandes avenidas.
Segundo Valdely Kinupp no livro Panc, pode-se consumir as flores e botões à milanesa. A Serralha possui proteína, lipídios, carboidratos, cálcio, magnésio, fósforo, sódio, potássio, betacaroteno, luteína e violaxantina. Os carotenoides (pigmentos dos vegetais) como o betacaroteno, a luteína e violaxantina são antioxidantes, protegendo a pele do sol e evita o seu envelhecimento. A luteína também é chamada de vitamina do olho e ajuda a evitar a degeneração macular e a catarata.
Na medicina popular é usada para problemas hepáticos e biliares e usado externamente como cicatrizante (Harri Lorenzi/F.J.Abreu Matos em Plantas Medicinais no Brasil).
Serralha, Sonchus oleraceus no Jardim Siciliano, ago/16

Serralha nos canteiros da Praça Vitor Civita, ago/16

domingo, 4 de dezembro de 2016

BELDROEGA GRAÚDA, Maria-gorda, Talinum paniculatum e BELDROEGA MIÚDA, porcelana, Portulaca oleracea

BELDROEGA GRAÚDA, Maria-gorda, Talinum paniculatum e BELDROEGA MIÚDA, porcelana, Portulaca oleracea

Estas duas plantas sempre fizeram parte da minha vida, sobretudo na época em que morava no interior, pois me lembro de ver a flor tão linda da beldroega graúda, mas não sabia o nome, gostava de colher ramos com flores quando era criança. Nascia aos montes na horta da minha mãe em Araçatuba, porém de outra espécie, Talinum triangulare, esta recentemente vi na cor branca enquanto visitava a família em Araçatuba em outubro.

A beldroega graúda é rica em magnésio, potássio e cálcio, segundo o livro PANC de Valdely Kinupp e Harri Lorenzi. Pode ser consumida em salada ou refogada. Na medicina popular é usada externamente para cicatrização de feridas, inflamações e afecções da pele: eczemas, pruridos, erisipelas e coceiras (Harri Lorenzi, Plantas Medicinais no Brasil). É antioxidante e antimicrobiana, rica em vitamina C. Estudos revelam que, ..."por conter fenóis e complexos com íons Fe II, de modo semelhante ao Ginkgo biloba, também possa apresentar propriedades neuroprotetoras." (Ana Paula de O. Amorim)

A beldroega miúda, tem folhas arredondadas e menores. Segundo Kinupp é rica em ômega-3 e excelente fonte de vitamina B e C, e alto teores de magnésio e zinco. Sempre colha os ramos mais jovens, pode ser consumida crua ou cozida. As sementes de ambas espécies podem ser usadas em pães e no arroz. É considerada anti-inflamatória, vermífuga, antibacteriana e cicatrizante.

Outro uso destas plantas é adicionar algumas folhas ao suco verde.

Beldroega graúda, major-gomes ou maria-gorda, Talinum paniculatum, Vila Romana, SP, 2016

Beldroega miúda ou caaponga, Portulaca oleracea, rua da Consolação, SP, 2016